O Regulamento da União Europeia sobre os Mercados de Criptoativos (MiCA), que entrará em pleno vigor a 30 de dezembro de 2024, abre uma nova etapa no desenvolvimento da indústria cripto europeia. Seu principal objetivo é criar um quadro jurídico único para a emissão de criptoativos e a prestação de serviços relacionados dentro da UE. Para Luxemburgo, como um dos principais centros financeiros da Europa, a introdução do regime de licenciamento CASP (Prestador de Serviços de Criptoativos) é de particular importância. Antes da entrada em vigor do MiCA, o país possuía um sistema de registro de prestadores de serviços de ativos virtuais (VASPs) administrado pela Comissão de Supervisão do Setor Financeiro de Luxemburgo (CSSF). Este modelo exigia conformidade com padrões KYC, controles internos e requisitos de reporte, o que facilita bastante a futura transição para a regulamentação europeia. No entanto, obter uma licença CASP completa sob o MiCA requer uma abordagem muito mais abrangente, incluindo obrigações rigorosas nas áreas de governança corporativa, segurança de TI, prevenção de abuso de mercado e gestão de conflitos de interesse. O passaporte cripto europeu previsto pelo MiCA será uma ferramenta-chave de integração. Ele permitirá que empresas licenciadas em Luxemburgo prestem serviços em toda a UE sem precisar obter 27 autorizações nacionais separadas. Isso cria igualdade de condições para os participantes do mercado existentes e abre oportunidades para expansão transfronteiriça. No entanto, a CSSF confirma que as primeiras licenças não poderão ser emitidas antes de julho de 2026, devido à necessidade de finalizar o desenvolvimento dos padrões técnicos de Nível 2 e Nível 3 a nível da UE. Durante este período de transição, os VASPs registrados poderão continuar operando localmente de acordo com as regras existentes. Esta “cláusula de transição” reduz o risco de interrupção súbita dos negócios e permite tempo para se preparar para os novos requisitos. No entanto, as empresas que solicitarem o estatuto CASP devem ter em mente que o processo de licenciamento exigirá recursos significativos, preparação cuidadosa de documentos e comunicação bem estabelecida com o regulador.
A CSSF adota uma postura ativa: consulta os participantes do mercado, organiza eventos do setor e oferece discussões preliminares para organizações cujas atividades possam estar sujeitas ao MiCA. Além disso, em 2024, a Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (ESMA) publicou um questionário para analisar o interesse das empresas financeiras na regulamentação de criptoativos. O regulador também investe na formação da sua equipe para garantir um nível adequado de supervisão do novo setor. Na prática, a velocidade de obtenção da licença dependerá largamente da qualidade da aplicação. Para grandes instituições com recursos e experiência, a probabilidade de processamento rápido é maior, enquanto participantes de médio e pequeno porte precisarão de mais tempo para adaptação. Ao mesmo tempo, a licença MiCA cria um padrão europeu único que assegura transparência e segurança jurídica, fortalecendo a confiança dos investidores e contribuindo para o desenvolvimento sustentável do setor. Para empresas que consideram obter uma licença CASP em Luxemburgo, a tarefa imediata é preparar a documentação cedo, estabelecer controles internos e cumprir os requisitos de gestão de risco. O período de transição até julho de 2026 deve ser utilizado de forma eficaz para garantir a conformidade com os padrões MiCA e fortalecer a posição no mercado europeu.
Em 28 de maio de 2025, o governo de Luxemburgo publicou um relatório atualizado sobre a avaliação nacional de risco no campo de combate à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo (AML/CFT). O documento classificou oficialmente a indústria de criptomoedas, incluindo prestadores de serviços de ativos virtuais (VASPs), como “alto risco”. Esta decisão reflete a posição das autoridades sobre a necessidade de um controlo mais rigoroso sobre empresas que trabalham com ativos digitais. A avaliação baseia-se numa combinação de fatores: natureza internacional das transações, escala das operações, complexidade das estruturas legais e alto grau de anonimato tecnológico associado ao uso de criptomoedas. Em 2020, os riscos específicos para VASPs foram destacados pela primeira vez no relatório nacional e, em 2022, foram caracterizados como “muito altos” devido à natureza transfronteiriça do mercado cripto. A classificação do setor de criptomoedas como de alto risco aumenta os requisitos para empresas registradas em Luxemburgo. Para elas, a conformidade com padrões anti-lavagem de dinheiro, incluindo procedimentos KYC aprimorados, monitoramento de transações e controle interno, torna-se uma prioridade-chave. A CSSF, atuando como autoridade supervisora competente, exige que os prestadores de serviços de criptoativos implementem sistemas abrangentes de gestão de risco e relatórios regulares. A atenção crescente ao setor coincide com a introdução do quadro regulatório pan-europeu MiCA. O regulamento entrou em vigor em 2023 e começou a ser aplicado em 2024, prevendo a obrigatoriedade de licenciamento de prestadores de serviços de criptoativos (CASP) e estabelecendo regras uniformes para emissores de tokens, incluindo stablecoins (EMT e ART). Na prática, isso significa que as licenças CASP começaram a ser emitidas na UE em janeiro de 2025, permitindo que várias exchanges líderes, incluindo Kraken e Crypto.com, ofereçam seus serviços legalmente. Atenção especial é dada às stablecoins, consideradas a categoria de ativos digitais mais sensível em termos de estabilidade financeira. O MiCA introduz requisitos rigorosos para emissores de EMT e ART em termos de reservas, gestão de risco e divulgação. Alguns grandes players, incluindo Tether, já anunciaram sua relutância em cumprir as novas regras, levando a restrições na negociação de USDT em várias plataformas europeias. A classificação do setor de criptomoedas como de alto risco confirma que Luxemburgo adota uma posição pragmática: por um lado, o país continua a ser um centro atraente para serviços financeiros inovadores, por outro, reforça controles para minimizar ameaças AML/CFT. Para empresas de criptomoedas que planejam operar em Luxemburgo, isso significa não apenas obter uma licença MiCA, mas também estabelecer procedimentos internos equivalentes aos das instituições financeiras tradicionais. A conformidade com os novos requisitos torna-se um pré-requisito para a presença de longo prazo no mercado e acesso ao mercado único europeu.
Regulamentações MiCA em Luxemburgo
A adoção do Regulamento da UE sobre Mercados de Criptoativos (MiCAR, Regulamento (UE) 2023/1114) foi um passo chave na criação de um quadro jurídico harmonizado para criptoativos na União Europeia. Diferentemente da prática fragmentada anterior de licenças nacionais, o novo regime estabelece regras uniformes para emissores e prestadores de serviços com o objetivo de garantir segurança jurídica, proteção ao consumidor e fortalecimento da estabilidade financeira. Para Luxemburgo, tradicionalmente um importante centro financeiro europeu, a introdução do MiCA significa uma transição para uma regulamentação mais estruturada do mercado de criptomoedas. A Comissão de Supervisão do Setor Financeiro (CSSF) foi designada como a autoridade nacional competente responsável pela implementação das disposições do Regulamento. O MiCA cobre uma ampla gama de criptoativos, incluindo tokens lastreados em ativos (ART), tokens de moeda eletrônica (EMT) e outros criptoativos não cobertos pelas atuais diretivas de serviços financeiros da UE. Os prestadores de serviços de criptoativos (CASP) são obrigados a obter autorização da CSSF e estão sujeitos a requisitos nas áreas de governança corporativa, capitalização, estrutura organizacional e conformidade com anti-lavagem de dinheiro. Certas categorias de instituições financeiras já licenciadas na UE podem fornecer alguns serviços cripto com base em notificação, simplificando sua entrada no mercado. Atenção especial é dada à classificação de criptoativos. As empresas devem determinar por si mesmas se seus tokens se enquadram no MiCA, considerando os critérios do Artigo 2 do Regulamento, bem como diretrizes da ESMA e interpretações conjuntas das autoridades europeias de supervisão. Se os tokens se qualificarem como instrumentos financeiros sob a MiFID II, não serão regulados pelo MiCA e estarão sujeitos a outro regime legal. Disposições transitórias são previstas para VASPs registrados em Luxemburgo. De 30 de dezembro de 2024 a 1 de julho de 2026, tais empresas poderão continuar a operar com base em seu registro previamente obtido, mas deverão passar pelo procedimento de licenciamento CASP de acordo com o Artigo 63 do MiCA. Assim, as empresas têm um período de 18 meses para adequar totalmente suas atividades aos novos requisitos. Emissores de ART e EMT estão sujeitos a prazos mais rigorosos. A partir de 30 de junho de 2024, devem cumprir as regras MiCA, incluindo requisitos de capital, gestão de ativos de reserva, divulgação e apresentação de planos de recuperação e resolução. Disposições transitórias são previstas para ARTs se sua emissão começou antes da data especificada, enquanto não há concessões para EMTs. A CSSF interage ativamente com os participantes do mercado, oferecendo consultas preliminares e publicando materiais de orientação. O regulador refere-se regularmente às diretrizes da EBA e ESMA e desenvolve circulares e formulários nacionais para garantir a implementação prática das disposições MiCA. A introdução do MiCA em Luxemburgo cria um ambiente regulatório transparente e previsível que aumenta a confiança na indústria cripto enquanto fortalece o controle de riscos. Para empresas que trabalham com ativos virtuais, é crucial não adiar os preparativos para licenciamento CASP, garantir a correta qualificação dos tokens e cumprir os requisitos rigorosos de gestão e proteção do investidor. Com o quadro jurídico já em vigor e o período de transição limitado, é importante que as empresas busquem apoio profissional para interagir eficazmente com a CSSF e obter com sucesso uma licença que forneça acesso ao mercado cripto único europeu. Este é precisamente o tipo de suporte que os especialistas da Regulated United Europe podem oferecer, acompanhando os clientes em todas as etapas do processo de licenciamento. Nos últimos anos, os criptoativos tornaram-se amplamente difundidos, atraindo a atenção tanto de investidores privados quanto de participantes profissionais do mercado. Em Luxemburgo, um dos principais centros financeiros da Europa, a abordagem de regulamentação nesta área baseia-se nos princípios de prudência e neutralidade. A CSSF enfatiza a necessidade de avaliação cuidadosa de riscos e alerta os investidores contra decisões precipitadas, especialmente dado a alta volatilidade das criptomoedas, como o Bitcoin. Com a entrada em vigor do Regulamento sobre Mercados de Criptoativos (MiCAR, Regulamento (UE) 2023/1114), a União Europeia estabeleceu um quadro regulatório único aplicável tanto às instituições financeiras tradicionais quanto aos novos participantes da economia cripto. As principais disposições do MiCA visam criar regras harmonizadas para emissão, oferta pública e admissão à negociação, além de regular as atividades dos prestadores de serviços de criptoativos (CASP). O documento cobre três categorias de tokens: tokens lastreados em ativos (ART), tokens de moeda eletrônica (EMT) e outros criptoativos que anteriormente não eram regulados pela legislação da UE. Em Luxemburgo, os CASPs são obrigados a obter autorização da CSSF, o que envolve atender a requisitos prudenciais e organizacionais, incluindo gestão de risco, governança corporativa e proteção do cliente. Certas categorias de instituições financeiras já licenciadas na UE (bancos, empresas de investimento, UCITS e gestores de fundos alternativos) podem fornecer serviços cripto com base em notificação, sem passar pelo processo completo de licenciamento CASP. O MiCA entrou em vigor em 29 de junho de 2023 e está sendo implementado em etapas:
- de 30 de junho de 2024 – no que diz respeito à regulamentação e supervisão de emissores de ART e EMT
- de 30 de dezembro de 2024 – em relação aos CASPs e emissores de outros criptoativos
Ao mesmo tempo, o esquema nacional para prestadores de serviços de ativos virtuais (VASPs), regulado pela lei de combate à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo, continua em operação. Este regime prevê supervisão limitada da CSSF, focada em medidas de AML/CFT. Um período de transição até 1º de julho de 2026 foi estabelecido para VASPs registrados: durante esse tempo, eles podem continuar operando com base em seu registro, mas são obrigados a trazer suas atividades em conformidade com o MiCA e passar pelo procedimento de licenciamento CASP. A CSSF publica recomendações para investidores, chamando atenção para riscos-chave: alta volatilidade de preços, ausência de esquemas de garantia típicos de depósitos bancários, vulnerabilidade a ameaças cibernéticas e proteção limitada ao trabalhar com provedores de terceiros de fora do país. O regulador também incentiva investidores a verificar autorizações e registros de empresas no registro nacional da CSSF ou nos registros europeus da ESMA.
Um dos elementos centrais do MiCA são os white papers de criptoativos — documentos informativos que divulgam as características de um token, direitos do investidor e riscos associados. Para ARTs, tais documentos estão sujeitos à aprovação obrigatória da CSSF ou de outra autoridade competente da UE. No caso de publicação de um documento não aprovado, a responsabilidade total recai sobre o emissor. É importante notar que o MiCA não se aplica a prestadores de serviços de jurisdições fora da UE. Investidores que trabalham com tais empresas são privados da proteção legal fornecida pelas regulamentações europeias e expostos a risco aumentado de fraude, proteção legal limitada e ausência de garantia de reembolso. Luxemburgo, como uma das principais plataformas de inovação financeira, está integrando ativamente o MiCA na prática nacional, garantindo equilíbrio entre desenvolvimento da indústria e proteção dos participantes do mercado. Para empresas, isso significa necessidade de preparação minuciosa para o licenciamento CASP, e para investidores, maior transparência e acesso a informações verificadas. A Regulated United Europe oferece suporte abrangente em Luxemburgo: desde a análise de conformidade com os novos requisitos do MiCA até a interação com a CSSF, preparação de white papers e obtenção de licença CASP, que abre acesso ao mercado cripto único europeu.
MiCA e tokenização em Luxemburgo: uma nova direção para os mercados financeiros
Luxemburgo continua fortalecendo sua posição como um dos centros-chave de finanças digitais na Europa. Eventos recentes confirmam essa tendência: em junho de 2025, a exchange de criptomoedas Coinbase recebeu licença MiCA da CSSF, Blackrock registrou um produto negociado em bolsa (ETP) baseado em Bitcoin, e a Apex Group adquiriu participação controladora na Tokeny, uma fintech especializada em tokenização. Esses passos destacam o crescente interesse na adoção de novas tecnologias e na transição para regulamentação harmonizada do mercado cripto. O Regulamento da UE sobre Mercados de Criptoativos (MiCA), que entrou em vigor em 2023 e é aplicável desde 2024, foi um ponto de virada para o setor. Ele substituiu um sistema fragmentado de regras nacionais por um único quadro regulatório europeu. Para empresas, isso significa operar na UE com base em “passaporte único”, e para investidores, maior proteção e transparência. Ao mesmo tempo, os novos requisitos impõem sérias obrigações sobre estrutura de negócios, controle interno, sistemas de armazenamento de ativos e gestão de conflitos de interesse. Especialistas observam que o MiCA oferece três vantagens principais: transparência regulatória, harmonização de requisitos e acesso ao mercado europeu sob uma única licença. No entanto, também restringe acesso a certos produtos e complica o lançamento de novas soluções, exigindo que participantes do mercado equilibrem infraestrutura global e regulamentação local.
Outro fator importante para Luxemburgo foi a adoção da Blockchain Law IV, que amplia o uso da tecnologia de registro distribuído (DLT) no setor financeiro, incluindo emissão de ações. A CSSF adota posição tecnologicamente neutra, permitindo blockchains públicas e privadas, e exige que participantes do mercado sejam claros na divulgação de riscos aos investidores. O foco do regulador não é nos detalhes técnicos, mas na transparência e clareza das informações.
Jogadores institucionais estão aumentando seu interesse em ativos digitais. Um exemplo é o ETP da Blackrock, que permite investidores acessarem Bitcoin sem gerenciar diretamente liquidez. Para muitos investidores, ativos digitais ainda são uma nova classe de ativos que requer explicação e educação adicionais. Ao mesmo tempo, millennials e a Geração Z estão ativamente envolvidos na economia cripto, formando base para crescimento futuro. A tokenização, junto com criptomoedas, torna-se uma área separada de desenvolvimento. O acordo da Apex com Tokeny demonstra estratégia de entrada no mercado de ativos tokenizados e desejo de aproveitar a convergência entre mercados públicos e privados. A tokenização abre novos canais de distribuição, reduz barreiras de entrada para investidores e aumenta eficiência operacional. Ao mesmo tempo, é importante distinguir entre tokenização de ativos existentes e fundos que investem em instrumentos tokenizados, pois envolvem diferentes níveis de risco e estratégias.
O desenvolvimento bem-sucedido da tokenização e do mercado cripto requer não apenas legislação, mas também infraestrutura abrangente: sistemas compatíveis, segurança jurídica e iniciativas educativas. A regulamentação deve estar à frente da inovação, criando quadro jurídico para implementação sustentável de novas soluções. Luxemburgo, graças à sua flexibilidade e cooperação entre agências governamentais e setor privado, oferece mecanismos regulatórios e de suporte eficazes. Isso torna o país uma plataforma atraente para empresas que buscam aproveitar benefícios do MiCA e da tokenização para crescer na Europa. A regulamentação MiCA, combinada com iniciativas nacionais de blockchain, forma modelo equilibrado que reúne interesses do Estado, empresas e investidores. Nesse contexto, suporte jurídico oportuno é crucial para entrada de mercado e operação de longo prazo no setor de finanças digitais.
Tributação de criptomoedas em Luxemburgo em 2025
Criptomoedas e ativos relacionados tornam-se parte integral do sistema financeiro global, atraindo naturalmente interesse de investidores e reguladores. Uma das questões-chave continua sendo o regime fiscal para tais ativos. Luxemburgo, como um dos principais centros financeiros da Europa, desenvolveu abordagem que combina neutralidade fiscal com conformidade aos princípios de transparência e legalidade. Em Luxemburgo, criptomoedas não são regulamentadas por lei fiscal especial separada. Sua tributação está sujeita a disposições gerais da legislação, incluindo Lei do Imposto de Renda (LIR) e outros regulamentos. Documento chave definindo aplicação da LIR a criptomoedas é a circular de 26 de julho de 2018, que esclarece tributação de renda de transações com ativos digitais.
Além da LIR, também desempenham papel importante:
- A Lei do Setor Financeiro de 5 de abril de 1993, que regula atividades de empresas envolvidas em criptoativos, incluindo medidas AML/CFT
- A Lei de 25 de março de 2020, que implementou a Quinta Diretiva da UE de Anti-Lavagem de Dinheiro
- O Regulamento da UE sobre Mercados de Criptoativos (MiCA), que se aplica diretamente e introduz padrões regulatórios uniformes para emissores e prestadores de serviços nesta área.
Assim, criptomoedas e NFTs são tratados sob regras fiscais gerais existentes, com esclarecimentos específicos que fornecem previsibilidade na aplicação destas regras aos ativos digitais. O regime fiscal em Luxemburgo é favorável comparado a várias jurisdições da UE, onde taxas chegam a 50%. Sob certas condições, ganhos de capital podem ser tributados a taxa reduzida, e em alguns casos podem não ser tributados.
– Ganhos de capital da venda de criptomoedas: renda da venda de criptomoedas é tributável se o ativo for mantido por menos de seis meses. Em caso de propriedade mais longa, ganhos de capital para investidores privados podem estar isentos de tributação.
– NFTs: não existem regulamentações específicas, mas na prática são tratados como ativos intangíveis. Sua venda é considerada dentro de princípios gerais de tributação de renda de ativos digitais.
– IVA: transações com criptomoedas em Luxemburgo são isentas de IVA. Esta abordagem está em linha com posição do Tribunal de Justiça da UE, que classifica criptomoedas como meio de pagamento, não como bem ou serviço.
Renda de transações com criptomoedas deve ser declarada na declaração anual de impostos. Contribuintes devem manter registros detalhados de transações, incluindo datas, valores de investimento e venda, e comissões. Embora não seja necessário anexar estas informações à declaração, podem ser solicitadas pelas autoridades fiscais durante auditoria.
Falha em cumprir obrigações fiscais resultará em penalidades:
– multas por atraso ou declaração incorreta;
– juros por pagamento em atraso (0,6% ao mês sobre valor não pago).
A prática mostra que autoridades fiscais exigem não apenas declaração formal de renda, mas documentação confiável que comprove a origem dos fundos e a correção dos cálculos.
Criptomoedas e NFTs continuam ativos de alto risco. Investidores devem considerar sua volatilidade, ausência de garantias de retorno e riscos tecnológicos aumentados. Além disso, proteção ao investidor sob MiCA aplica-se apenas a prestadores de serviços e emissores que passaram pelo processo de licenciamento da UE. Participar de transações com empresas de terceiros países priva investidores dessa proteção e aumenta significativamente risco de fraude. Luxemburgo permanece como uma das jurisdições fiscais mais favoráveis para investidores privados e empresas que trabalham com ativos digitais. No entanto, vantagens fiscais só são possíveis com estrita conformidade às leis aplicáveis, contabilidade precisa das transações e cumprimento pontual de obrigações fiscais.
Taxas de imposto em Luxemburgo para 2025
Tipo de imposto | Taxa/condições |
Imposto sobre a renda das empresas (CIT) | 16% a partir de 1º de janeiro de 2025; taxa agregada para empresas em Luxemburgo Cidade é aproximadamente 23,87%, considerando sobretaxas e imposto local de negócios |
Imposto mínimo sobre ativos líquidos (NWT) | Escala progressiva de €535 a €4.815 dependendo do volume de ativos |
Imposto sobre valor agregado (IVA) | Padrão: 17%; reduzido: 14%, 8%; super-reduzido: 3%; 0% para certas exportações e serviços transfronteiriços |
Imposto de registro na venda de imóveis | 6% (7,2% na revenda); +1% para transcrição; + supervisão municipal de até 3–3,6% em Luxemburgo Cidade |
Taxa de selo | De 0,1% a 0,2% do valor do imóvel ao registrar documentos |
Imposto anual sobre propriedade (taxe foncière) | Cálculo: valor base × taxa de 0,7% a 1% × coeficiente municipal (200–900%) |
Isenção ou desconto sobre registro de propriedade | Redução de 50% na base de cálculo para imóveis residenciais comprados entre 1º de outubro de 2024 e 30 de junho de 2025 |
Empresas que obtiveram licença MiCA em Luxemburgo
Em 20 de junho de 2025, a Comissão de Supervisão do Setor Financeiro de Luxemburgo (CSSF) concedeu à Coinbase uma licença de acordo com o Regulamento de Mercados de Criptoativos (MiCA). Esta decisão marca um passo importante tanto para a própria plataforma quanto para o ecossistema cripto europeu, abrindo possibilidade de fornecer gama completa de produtos e serviços cripto em toda a União Europeia. Fundada em 2012 e listada na Nasdaq, a Coinbase tem sido líder no mercado global de ativos digitais. Obter uma licença MiCA em Luxemburgo significa que a empresa poderá usar o regime de “passaporte cripto” europeu, com acesso a 27 países da UE e potencial base de clientes de 450 milhões de pessoas.
A escolha de Luxemburgo como hub europeu se deve a vários fatores: longa tradição de regulamentação financeira e ambiente regulatório transparente; abordagem sistemática na implementação de tecnologias blockchain com quatro iniciativas legislativas; e a CSSF estabelecida como regulador competente e exigente. A estratégia da Coinbase vai além da negociação clássica de criptomoedas, diversificando fontes de renda, incluindo serviços institucionais de custódia, staking e soluções B2B, reduzindo dependência de comissões de negociação e fortalecendo posição como provedor de infraestrutura financeira de próxima geração.
Para Luxemburgo, presença da Coinbase é estrategicamente importante, demonstrando atratividade do país para players globais. A licença MiCA impõe obrigações rigorosas: controle local de ativos, cumprimento de regras de conflito de interesse, proteção dos direitos do consumidor e transparência. A CSSF monitorará de perto a conformidade da empresa. A aquisição da licença confirma que Luxemburgo está pronto para integrar ativos digitais ao sistema financeiro tradicional, tornando o MiCA base para desenvolvimento sustentável do setor. Experiência da Coinbase é exemplo para outras empresas que planejam entrar no mercado da UE: a licença MiCA oferece acesso ao mercado europeu único, mas exige preparação cuidadosa, suporte jurídico e conformidade regulatória rigorosa.
Em 16 de maio de 2025, a CSSF concedeu à Bitstamp licença CASP conforme o MiCA. Para a exchange mais antiga do mundo, fundada em 2011 e sediada em Luxemburgo, este evento foi passo estratégico para expansão na UE e EEE. A nova licença permite à Bitstamp oferecer serviços completos, incluindo gestão de plataforma de negociação, execução de ordens e custódia de criptoativos, com direito a fornecer serviços transfronteiriços sob um único “passaporte cripto”.
A licença CASP foi emitida menos de um ano após Bitstamp receber autorização MiFID para operar um MTF, mostrando compromisso com conformidade e crescimento sustentável. Produtos de stablecoin foram atualizados para atender requisitos MiCA. Experiência da Bitstamp demonstra que preparação antecipada e engajamento consistente com regulador criam vantagem competitiva no mercado europeu.
Clearstream Banking S.A., do grupo Deutsche Börse, obteve oficialmente licença CASP conforme MiCA. A licença, concedida pela CSSF, confirma prontidão para fornecer serviços de criptoativos em conformidade com padrões europeus. Licença MiCA permite uso do “passaporte cripto” europeu, fornecendo serviços na UE sem necessidade de licenças nacionais separadas.
Como a Regulated United Europe pode ajudar na obtenção de licença MiCA em Luxemburgo?
Luxemburgo, como centro financeiro europeu, desenvolve ativamente regulamentação de ativos digitais. Com entrada em vigor do MiCA, empresas de criptoativos devem passar por licenciamento na CSSF, exigindo preparação detalhada, conformidade ampla e entendimento das regulamentações europeias e nacionais. Licença MiCA exige modelo de negócio transparente e sustentável, estrutura corporativa adequada e políticas internas bem desenvolvidas.
Regulated United Europe fornece suporte completo para aquisição de licença MiCA em Luxemburgo, incluindo:
- Análise legal preliminar para verificar conformidade e selecionar estratégia
- Preparação de documentação completa, incluindo políticas internas de AML/KYC, gestão de risco, segurança de TI, plano de negócios e modelos financeiros
- Suporte à interação com a CSSF, incluindo submissão de aplicações, respostas e participação em reuniões
- Estruturação de governança corporativa com seleção de membros qualificados e funções de controle
- Suporte pós-licenciamento: criação de sistema de conformidade, monitoramento e relatórios
A cooperação com Regulated United Europe permite acelerar o processo, minimizar riscos legais e garantir sustentabilidade de operações na UE, tornando a entrada no mercado mais previsível e segura.
PERGUNTAS FREQUENTES
O que é uma licença MiCA e porque é necessária no Luxemburgo?
Uma licença MiCA é uma autorização emitida pela CSSF que permite às empresas prestar serviços de criptoativos ao abrigo do regime harmonizado da UE. É necessária para o funcionamento legal e o acesso ao mercado único europeu.
Quem é a autoridade competente no Luxemburgo para emitir licenças MiCA?
A autoridade competente é a Comissão de Vigilância do Sector Financeiro (CSSF).
Qual a diferença entre o registo VASP e uma licença CASP ao abrigo da MiCA?
O registo VASP previa uma supervisão limitada, principalmente na área de PLD/CFT. Uma licença CASP ao abrigo da MiCA exige o cumprimento de requisitos abrangentes de governo societário, capital, segurança informática e controlo interno.
Quando é que o Luxemburgo começará a emitir licenças CASP completas?
A CSSF afirma que as primeiras licenças serão emitidas, o mais tardar, em julho de 2026, após a aprovação final das normas técnicas da UE.
O que significa "passaporte europeu de criptomoedas" no contexto da MiCA?
É um mecanismo que permite a um licenciado do Luxemburgo prestar serviços em todos os 27 países da UE sem ter de obter licenças nacionais separadas.
Que empresas são obrigadas a obter uma licença CASP?
Todos os fornecedores de serviços de criptoativos, incluindo exchanges, corretoras, custodiantes, bem como emissores de ART e EMT.
Que disposições transitórias se aplicam aos VASP registados?
Os VASP podem continuar a operar até 1 de julho de 2026 com base no seu registo antigo, mas são obrigados a solicitar uma licença CASP.
Como é classificado o setor das criptomoedas no Luxemburgo na perspetiva de combate à lavagem de dinheiro?
No relatório nacional de 2025, o setor das criptomoedas foi oficialmente reconhecido como de "alto risco" em termos de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.
Quais são os principais riscos considerados pela CSSF ao supervisionar empresas de criptomoedas?
A natureza transfronteiriça das operações, a complexidade das estruturas empresariais, o elevado anonimato das transações e os riscos tecnológicos.
Que obrigações impõe a MiCA aos emissores de stablecoins (ART e EMT)?
Requisitos de capital, ativos de reserva, divulgação de informação e a existência de planos de recuperação e reembolso.
Quais são os benefícios comerciais de uma licença CASP?
Acesso unificado a todo o mercado da UE, maior confiança dos investidores, transparência das operações e vantagens competitivas a nível global.
Quais são as consequências para as empresas que não obtiverem uma licença CASP dentro do prazo especificado?
Após 1 de julho de 2026, estas empresas perderão o direito de prestar serviços de criptoativos no Luxemburgo e na UE.
Qual o papel da qualidade do pedido de licença?
Quanto mais completo e estruturado for o pedido, mais rapidamente a CSSF o poderá analisar e tomar uma decisão.
Que categorias de instituições financeiras podem prestar serviços de criptomoedas sem uma licença CASP completa?
Bancos, sociedades de investimento, gestores de UCITS e AIFM, operadores de mercado e emitentes de moeda eletrónica, sujeitos a notificação à CSSF.
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