O Ministério das Finanças da Lituânia, em estreita cooperação com o Banco da Lituânia, desenvolveu e apresentou um pacote de projetos de lei destinado a transformar sistematicamente o regime legal para provedores de serviços de criptoativos.
Essas iniciativas visam estabelecer novos padrões para atividades operacionais e harmonizar os procedimentos de licenciamento em conformidade com as disposições dos regulamentos paneuropeus MiCA e TRF. As mudanças propostas dizem respeito não apenas ao próprio mecanismo de supervisão, mas também ao período de transição para a plena conformidade com os novos regulamentos e ao procedimento de interação com o regulador.
De acordo com a posição do Ministério das Finanças da Lituânia, as medidas propostas aproximarão o regime legal aplicável aos operadores de serviços de criptoativos daquele aplicável às instituições financeiras tradicionais. Isso, por sua vez, fortalecerá a proteção do consumidor, aumentará a confiança no setor e criará condições equitativas para o desenvolvimento sustentável do ecossistema fintech. A Vice-Ministra das Finanças Vaida Česnulevičytė-Markavičienė enfatiza que a versão atual dos projetos de lei leva em consideração as opiniões dos participantes do mercado e oferece tempo adicional para adaptação em comparação com as condições mais rigorosas anunciadas anteriormente.
O Regulamento MiCA, que entrou em vigor a nível da União Europeia em 30 de dezembro de 2024, prevê a introdução de requisitos uniformes para todos os provedores de serviços de criptoativos nos países da UE, incluindo licenciamento obrigatório, proteção do consumidor, gestão de riscos e divulgação de informações. Paralelamente, o Regulamento de Transferência de Fundos (TRF) está em vigor, destinado a rastrear transações em criptomoeda e prevenir crimes financeiros, incluindo lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.
As emendas lituanas propostas dão ênfase particular ao período de transição: os provedores de serviços de criptoativos terão até 1 de junho de 2025 para submeter documentos ao Banco da Lituânia e obter uma licença. Até essa data, as empresas devem fornecer todas as informações exigidas pelo MiCA e, quando necessário, consultar o regulador sobre questões de cumprimento. Esta decisão foi tomada com base em consultas com participantes do mercado e reflete a necessidade de permitir tempo para que as empresas se preparem tecnicamente, organizacionalmente e legalmente para o novo regime regulatório.
Ao mesmo tempo, os projetos de emendas legislativas preveem certas isenções para pagamentos transfronteiriços de bens e serviços realizados através de plataformas de comércio eletrônico. Se os requisitos do TRF forem atendidos, tais transações poderão ser isentas de certas barreiras regulatórias, criando incentivos adicionais para que plataformas fintech se estabeleçam na Lituânia.
De acordo com as mudanças propostas, a supervisão do cumprimento dos novos regulamentos será realizada pelo Banco da Lituânia, que terá autoridade para registrar, inspecionar e supervisionar as atividades dos provedores de serviços de criptoativos. Por sua vez, as funções na área de AML/CFT (prevenção à lavagem de dinheiro e combate ao financiamento do terrorismo) serão desempenhadas em conjunto pelo Banco da Lituânia e pelo Serviço de Investigação de Crimes Financeiros (FNTT), de acordo com a divisão de responsabilidades funcionais.
O prazo para discussão dos projetos de lei é limitado — as autoridades relevantes e partes interessadas devem enviar seus comentários até 28 de março de 2025. Uma vez concluído o processo de consulta, as emendas serão submetidas ao Seimas para consideração. A implementação dessas iniciativas criará um ambiente legalmente estável para o desenvolvimento de atividades de criptomoedas na Lituânia e permitirá que participantes de boa-fé do mercado se preparem para os novos padrões paneuropeus de maneira oportuna.
A equipe jurídica do Regulated United Europe oferece suporte abrangente às empresas de criptoativos que se preparam para o licenciamento sob o MiCA. Acompanhamos nossos clientes em todas as etapas, desde a avaliação estratégica dos riscos legais e preparação de políticas internas até a representação perante o Banco da Lituânia e interação com o FNTT.
Requisitos Regulatório de Cripto da Lituânia sob MiCA & TRF
Regulamento | Principais Requisitos | Prazo | Autoridade Responsável |
---|---|---|---|
Regulamento MiCA |
|
1 de junho de 2025 (submissão de licenças) |
Banco da Lituânia (regulador principal) |
Regulamento TRF |
|
Conformidade contínua | FNTT + Banco da Lituânia (supervisão conjunta) |
Projetos de Leis Lituanas |
|
28 de março de 2025 (prazo para comentários) |
Ministério das Finanças (coordenação de políticas) |
O futuro do setor de criptomoedas na Lituânia
A partir do final de 2024, o Regulamento da União Europeia nº 2023/1114 sobre mercados de criptoativos (MiCA) será aplicável na Lituânia, marcando o início da transição para uma nova etapa no desenvolvimento das finanças digitais. Este ato regulatório introduz requisitos rigorosos para transparência das operações, gestão de risco, proteção do consumidor e responsabilidade dos provedores de serviços cripto. Nesse contexto, há discussões ativas na Lituânia sobre se o país pode aproveitar este momento para consolidar seu status como um dos principais players no mapa cripto europeu e possivelmente global.
Pontos-chave do Regulamento MiCA (2023/1114)
- Transição para finanças digitais: Regulamento inicia no final de 2024 na Lituânia.
- Proteção ao consumidor: Novas regras garantem maior transparência e segurança.
- Gestão de risco: Padrões mais elevados para provedores de serviços cripto.
- Responsabilidade do provedor: Responsabilidade agora é legalmente exigida.
- Posicionamento global: Lituânia busca papel de liderança na UE e no cenário cripto global.
Oportunidades Estratégicas para a Lituânia
- Mudança Global: Lituânia pode se beneficiar das mudanças na dinâmica do poder financeiro internacional.
- Papel de Arquiteto: Potencial para influenciar a futura arquitetura das finanças descentralizadas.
- Transição de Era: Afastamento das instituições financeiras centralizadas do pós-guerra.
MiCA como ferramenta para transformação sistêmica do mercado cripto na Lituânia
A comunidade de especialistas concorda que, até agora, o mercado de criptoativos na Lituânia e em toda a União Europeia operava sob uma regulamentação fragmentada e, em termos de estrutura e mecanismos de controle, assemelhava-se a um mercado “selvagem” com alto grau de tolerância.
Apesar da existência de regras comuns, como na área de prevenção à lavagem de dinheiro (AML), a supervisão real de muitos participantes do mercado cripto permanecia superficial.
Com a adoção e implementação do Regulamento MiCA, esta situação está mudando drasticamente. O novo regime regulatório não apenas prevê a legalização das criptomoedas como instrumento de investimento, mas também reforça significativamente os requisitos para os operadores. Ele enfatiza a necessidade de restringir o acesso ao mercado apenas a participantes que atendam aos mais altos padrões de confiabilidade e transparência, como instituições de crédito licenciadas, instituições de pagamento e instituições de moeda eletrônica geridas por pessoas profissionais e confiáveis.
A criptomoeda é um ativo de alto risco, tanto para investidores privados quanto em nível macroeconômico, e já foi reconhecida oficialmente como tal por instituições internacionais, incluindo aquelas responsáveis pelo combate à lavagem de dinheiro. Esse reconhecimento estabeleceu a base para novas regras de prevenção de abusos e aumento da confiança no setor de ativos digitais.
Uma das inovações mais importantes do MiCA é que a criptomoeda será finalmente integrada ao sistema financeiro como um instrumento regulado, ao lado de ações, títulos e fundos. Isso significa que investimentos em ativos digitais não serão mais percebidos como atividades especulativas à margem do sistema, mas ganharão legitimidade institucional. No entanto, como observa Govina, isso não representa uma garantia completa de segurança, mas permite avaliar a probabilidade de estabilidade e segurança desses investimentos dentro de um quadro regulatório claramente definido.
Aspecto | Descrição |
---|---|
Estado Atual do Mercado | O mercado de criptoativos na Lituânia e na UE operava sob regulamentação fragmentada; parecia um mercado ‘selvagem’ com alta tolerância, apesar das regras básicas de AML, e supervisão superficial. |
Impacto do Regulamento MiCA | Legaliza criptomoedas como instrumentos de investimento e fortalece os requisitos para operadores, restringindo acesso do mercado a participantes licenciados e confiáveis. |
Reconhecimento de Risco | Criptomoeda reconhecida internacionalmente como ativo de alto risco, impulsionando novas regras de prevenção de abusos e aumento da confiança em ativos digitais. |
Integração no Sistema Financeiro | Criptomoeda torna-se instrumento financeiro regulado junto a ações, títulos e fundos, adquirindo legitimidade institucional, embora sem garantia total de segurança. |
Regulamentação Existente Antes do MiCA | Mecanismos básicos de AML existiam, mas eram insuficientes; MiCA adiciona componentes críticos de regulamentação. |
Novos Requisitos-chave do MiCA |
|
Propósito das Novas Medidas | Prevenir falhas sistêmicas, aumentar confiabilidade, transparência e maturidade dos serviços cripto, preparando o caminho para investimentos institucionais e inovação. |
Suporte da Regulated United Europe | Oferece assistência abrangente a empresas cripto na adaptação ao MiCA, incluindo licenciamento, desenvolvimento de políticas AML/CTF e implementação de gestão de ativos e riscos de clientes. |
O time da Regulated United Europe está pronto para fornecer suporte abrangente às empresas de criptomoedas que se adaptam às novas realidades do MiCA, incluindo preparação para licenciamento, desenvolvimento de políticas internas de AML/CTF e implementação de estruturas eficazes de gestão de riscos e ativos dos clientes.
Regulamentações MiCA na Lituânia
O MiCA introduz não apenas padrões fundamentalmente novos para o setor de serviços de criptomoedas, mas também requisitos abrangentes para organizações que desejam manter sua presença no mercado. Isso inclui a implementação obrigatória de políticas internas de prevenção à lavagem de dinheiro, proteção de ativos de clientes, governança corporativa, além de controles internos aprimorados e relatórios. Essas medidas visam institucionalizar o setor, transformando-o de um segmento arriscado e fragmentado em parte integrante da infraestrutura financeira regulada.
O estabelecimento de regras claras e obrigações apropriadas sinalizará às instituições financeiras tradicionais — bancos, EMIs e organizações de pagamento — que o mercado de ativos digitais está se movendo para um estado mais civilizado. Isso aumentará a confiança nos serviços de criptomoedas e criará condições para cooperação sustentável entre provedores de serviços cripto e instituições que lidam com moedas fiduciárias. Sem essa sinergia, a indústria não pode funcionar adequadamente, pois, em última instância, os usuários precisam conseguir converter seus ativos em moedas tradicionais controladas por instituições financeiras convencionais.
No entanto, a implementação dos novos requisitos na Lituânia é acompanhada por restrições significativas, principalmente o prazo apertado para o período de transição. Embora o Regulamento MiCA permita que os Estados-Membros da UE definam um período de transição de até 18 meses, a Lituânia optou por uma abordagem rigorosa — os prestadores de serviços existentes devem solicitar uma licença até 1º de junho de 2025, restando apenas cinco meses para preparar e enviar a documentação.
A Lituânia agora enfrenta uma escolha estratégica: ou o país se torna um centro regional de finanças digitais ou perde a oportunidade, cedendo liderança a jurisdições mais flexíveis. No entanto, as ações do Banco da Lituânia indicam que sua prioridade é o controle em vez do desenvolvimento. A autoridade supervisora financeira declarou estar pronta para processar pedidos, possuir os recursos humanos necessários e pretender conceder licenças apenas a empresas maduras e bem geridas. Mesmo assim, existem dúvidas razoáveis sobre a possibilidade de revisar dezenas, senão centenas, de pedidos em um período tão curto.
O problema principal não é apenas a alta demanda por licenciamento e a carga de trabalho dos consultores. A dificuldade central reside na falta de pessoal qualificado necessário para cumprir os requisitos do MiCA. Por exemplo, cada empresa deve formar um conselho com pelo menos três membros de boa reputação, experiência relevante e capacidade de supervisionar a gestão. Além disso, são necessários especialistas em AML/CTF, controle interno e compliance, e o mercado enfrenta uma escassez aguda desses recursos. Isso coloca pressão adicional sobre as empresas que tentam adaptar seus processos, conduzir suas operações e se preparar para o licenciamento ao mesmo tempo.
A estratégia escolhida reflete o desejo do Estado por uma regulamentação consistente e rigorosa. Ao mesmo tempo, expressa dúvidas sobre a capacidade do Banco da Lituânia de conduzir uma revisão objetiva de metade das aproximadamente 300 empresas cripto ativas nos meses restantes. Mesmo que algumas empresas não solicitem a licença, a carga sobre o regulador será sem precedentes, podendo afetar tanto a qualidade das decisões quanto o clima de investimento no setor.
Diante de prazos apertados, altos requisitos e pressão institucional, os participantes do mercado estão cada vez mais recorrendo a consultores profissionais para apoio. O time da Regulated United Europe oferece suporte completo ao MiCA: desde a preparação de documentos e seleção de pessoal de gestão até a implementação de procedimentos de controle interno e comunicação com o Banco da Lituânia. Nossa experiência e recursos nos permitem garantir conformidade com todos os requisitos e concluir o processo de licenciamento na Lituânia dentro do prazo estipulado.
Segundo diversos especialistas, a estratégia regulatória atual da Lituânia em relação à indústria cripto é um sinal claro de que o país está conscientemente rejeitando o papel de hub internacional de criptomoedas. Como aponta um analista financeiro, as autoridades lituanas nunca se posicionaram como apoiadoras do desenvolvimento do setor de criptomoedas. O objetivo sempre foi apoiar fintech — soluções financeiras inovadoras — com exceção do cripto, que permaneceu à margem dessa agenda.
Nesse contexto, surge uma questão fundamental: a Lituânia pretende estender o período de transição do MiCA e manter os participantes atuais do mercado, criando condições favoráveis para atrair novos players internacionais? Ou o Estado escolheu um caminho de contenção, priorizando o controle sobre o crescimento?
O desafio não é tanto para as empresas de cripto quanto para os órgãos governamentais. Grandes provedores internacionais têm recursos financeiros para pagar consultores, montar equipes de compliance e navegar com sucesso pelo processo de licenciamento. No entanto, quão rápida e eficientemente o Banco da Lituânia e outros órgãos conseguirão processar dezenas de pedidos em um período limitado de cinco meses? Empresas internacionais passarão pelo filtro, enquanto promissoras startups locais não?
Historicamente, instituições estatais lituanas, incluindo o Ministério das Finanças, a Presidência e o Ministério da Economia, estiveram ativamente envolvidas na construção do país como hub de fintech. O Banco da Lituânia, apesar de seu papel tradicional de supervisão, também participou desse processo. Hoje, porém, a situação muda: a coordenação institucional enfraquece, e o Banco da Lituânia fica efetivamente sozinho na linha de frente da implementação do MiCA. Ao mesmo tempo, outras autoridades demonstram prioridades diferentes, e a responsabilidade pelo futuro do mercado se torna difusa.
A Lituânia provavelmente escolheu uma estratégia mais segura e de curto prazo: limitar riscos por meio de uma seleção rigorosa. Dada a natureza global dos serviços de cripto e o potencial de escândalos acompanhados de acusações contra políticos e autoridades supervisórias, as autoridades buscam minimizar danos reputacionais potenciais. Isso leva a uma abordagem conservadora: melhor restringir o setor do que enfrentar fracassos de grande repercussão.
Ainda assim, a questão central continua sendo a vontade política. O Estado está preparado para reconhecer que a regulamentação não garante segurança completa, mas sim um sistema para gerir riscos residuais? Os líderes políticos são capazes de dar às autoridades supervisórias um mandato para atuar de forma ativa e responsável em condições de incerteza e risco de falências, normais em qualquer indústria em desenvolvimento?
A solução pode e deve ser pragmática. Um modelo eficaz de avaliação deve levar em conta não apenas os riscos, mas também os potenciais benefícios econômicos das atividades das empresas de cripto. O potencial é claro: grandes exchanges internacionais como a Binance geram contribuições significativas para a economia por meio de impostos, empregos, aluguéis e contratos com advogados e especialistas locais. Esses números podem ser expressos em valores e comparados com os custos do Estado com supervisão — tal análise custo-benefício ajudará a tomar decisões fundamentadas.
Se uma empresa planeja contratar apenas um funcionário na Lituânia e conduzir todas as operações principais fora do país, tal modelo pode não fazer sentido para o Estado. No entanto, se a presença da empresa traz benefícios econômicos significativos, o Estado pode aceitar razoavelmente o risco regulatório, sabendo que se trata de um investimento no desenvolvimento de uma nova indústria.
Nessas circunstâncias, o time da Regulated United Europe é um parceiro fundamental para empresas que desejam manter sua presença na Lituânia. Oferecemos suporte jurídico e operacional completo na obtenção de uma licença MiCA, incluindo análise de viabilidade econômica, assistência na seleção de consultores qualificados, desenvolvimento de políticas de AML/CTF e interação com autoridades supervisórias.
Restrições do período de transição do MiCA: posição do Banco da Lituânia
O Banco da Lituânia confirmou oficialmente que o período de transição previsto no Regulamento da União Europeia 2023/1114 sobre mercados de criptoativos (MiCA) aplica-se no território da República da Lituânia com restrições significativas.
Os participantes do mercado de criptomoedas e os prestadores de serviços relevantes devem cumprir rigorosamente o quadro legal aplicável, tanto a nível nacional quanto europeu.
De acordo com as disposições transitórias reconhecidas pela legislação lituana, os prestadores de serviços de cripto incluídos no registo lituano de entidades legais têm direito a continuar as suas atividades exclusivamente na Lituânia. O registo nacional não concede automaticamente o direito de prestar serviços noutros países da UE. Para atividades transfronteiriças, é necessária a licença completa ao abrigo do MiCA e a obtenção da autorização relevante.
Também deve ser observado que, a partir de 30 de junho de 2024, entrarão em vigor as disposições principais do MiCA que regulam a emissão, oferta pública e negociação secundária de tokens lastreados em ativos (ART) e tokens de moeda eletrônica (EMT). Os prestadores de serviços de cripto estão proibidos de oferecer tais tokens aos clientes caso não cumpram os requisitos do MiCA. O não cumprimento destas regras constitui violação da lei e pode resultar em responsabilidade administrativa ou criminal.
Em 17 de janeiro de 2025, a Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (ESMA) emitiu um aviso especial, enfatizando a inadmissibilidade da prestação de serviços em relação a ART e EMT que não cumpram o MiCA. A ESMA também recomenda fortemente que os prestadores garantam que os investidores sejam informados sobre os riscos associados a esses instrumentos e adotem medidas para retirar tokens não conformes do mercado ou convertê-los em ativos conformes.
Embora o Regulamento MiCA entre em vigor em 30 de dezembro de 2024, a Lituânia, como vários outros Estados-Membros da UE, introduziu um regime transitório. Ele é implementado com base na Lei Lituana sobre Mercados de Criptoativos, que oferece uma oportunidade temporária para os operadores já registados na Lituânia continuarem suas atividades até 1 de junho de 2025. No entanto, a continuação da prestação de serviços após essa data só será possível se uma licença MiCA tiver sido emitida de acordo com o procedimento estabelecido.
A equipe jurídica da Regulated United Europe oferece suporte abrangente em todas as etapas de preparação para a obtenção de licença na Lituânia, incluindo análise da conformidade do modelo de negócio com os requisitos do MiCA, preparação de documentação, interação com autoridades de supervisão e suporte pós-licenciamento.
Estratégia regulatória do Banco da Lituânia: como o país está moldando sua abordagem ao mercado de criptomoedas
Nos últimos anos, as criptomoedas ganharam uma posição sólida na arquitetura do mercado financeiro global, e sua regulamentação tornou-se uma tarefa central para as autoridades de supervisão em todo o mundo.
Como Estado-Membro da União Europeia, a Lituânia está adaptando ativamente seus mecanismos regulatórios às realidades de uma indústria em rápido desenvolvimento, ao mesmo tempo que busca garantir a estabilidade do sistema financeiro e proteger os interesses dos investidores.
O Banco da Lituânia, que atua como banco central e principal regulador financeiro, começou a desenvolver um quadro regulatório para o mercado de cripto mesmo antes da introdução da legislação europeia, focando na conformidade com os princípios de transparência, responsabilidade e prevenção de abusos. No entanto, surge hoje uma questão fundamental: em que medida essa abordagem promove a inovação no campo dos ativos virtuais ou, ao contrário, atua como um fator de desestímulo ao ecossistema cripto no país?
Com a adoção do Regulamento (UE) Nº 2023/1114 do Parlamento Europeu e do Conselho sobre mercados de criptoativos (MiCA), que entrou em vigor em 30 de dezembro de 2024, o regulador lituano intensificou seus esforços para criar um ambiente regulatório que atenda aos padrões da UE. Entre as prioridades está a transição de um controle fragmentado para uma regulamentação abrangente, cobrindo a emissão de criptoativos, sua oferta pública, o mercado secundário e as atividades de prestadores de serviços que trabalham com ativos digitais.
A interpretação e implementação prática do MiCA na Lituânia é de particular importância. O Banco da Lituânia comprometeu-se a garantir a adaptação oportuna do quadro jurídico nacional, incorporando as disposições do MiCA na Lei sobre Mercados de Criptoativos. Ao mesmo tempo, a abordagem do regulador lituano é conservadora: o país estabeleceu um dos períodos de transição mais curtos da UE — até 1 de junho de 2025 — o que exige que os participantes do mercado existentes se preparem urgentemente para obter licença sob as novas condições.
Por um lado, essa abordagem fortalece a confiança na jurisdição e confirma a prontidão do Estado em garantir supervisão financeira confiável. Por outro lado, levanta preocupações entre as empresas sobre a acessibilidade do ambiente regulatório e se haverá tempo suficiente para uma adaptação abrangente. Alguns participantes da indústria acreditam que a regulação excessiva poderia reduzir a atratividade do país como local para projetos internacionais de cripto.
No entanto, diante da pressão crescente da comunidade internacional nas áreas de AML/CTF, cibersegurança e proteção do consumidor, a posição do Banco da Lituânia reflete a direção geral da União Europeia: a legalização das atividades de criptomoedas é aceitável, mas apenas sob estrita conformidade com os requisitos regulatórios.
A abordagem do Banco da Lituânia afeta não apenas o mercado doméstico, mas também as decisões de investidores internacionais que consideram a Lituânia como um ponto de entrada potencial para o mercado europeu de ativos digitais. Nesse contexto, questões de aplicação da lei, velocidade de processamento de pedidos de licença e interação entre regulador e participantes do mercado são particularmente relevantes.
Diante do crescente interesse por ativos digitais, a regulamentação de criptomoedas na Lituânia está se tornando um elemento-chave para o desenvolvimento sustentável do setor financeiro. Com a entrada em vigor do Regulamento (UE) nº 2023/1114 sobre mercados de criptoativos, a Lituânia está reforçando medidas legais e institucionais para garantir transparência, controle sobre operações e proteção do investidor. Isso exige que os participantes do mercado tenham uma compreensão clara do ambiente regulatório e estejam preparados para se adaptar ao novo modo de operação.
A posição do Banco da Lituânia sobre criptomoedas permanece cautelosa e pragmática. Desde 2014, o regulador vem alertando consistentemente sobre os riscos associados a transações com ativos virtuais, sem proibir seu uso. As criptomoedas não são oficialmente reconhecidas como moeda legal, e instituições financeiras estão proibidas de participar diretamente de transações que as envolvam. Ao mesmo tempo, o desenvolvimento da tecnologia blockchain como infraestrutura básica é incentivado, sendo considerado um componente importante da inovação no setor financeiro. O cumprimento dos princípios de boa conduta e das normas de prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo continua sendo uma condição essencial.
Exigências rigorosas se aplicam às empresas que trabalham com criptomoedas. As empresas devem se registrar e obter uma licença do Serviço de Investigação de Crimes Financeiros (FNTT), implementar procedimentos KYC e AML, e garantir relatórios internos adequados. Essas medidas visam minimizar abusos, assegurar transparência financeira e prevenir o uso de ativos digitais em atividades ilícitas.
Em termos fiscais, a abordagem da Lituânia é consistente com os princípios de neutralidade e proporcionalidade. Renda proveniente de transações com criptomoedas está sujeita a imposto de renda, especialmente se a renda anual exceder o limite estabelecido de €20.000. Pessoas jurídicas devem pagar imposto corporativo à taxa de 15%, sendo os pagamentos em criptomoedas tratados como forma de salário e sujeitos aos impostos sobre segurança social e renda relevantes.
Atenção especial é dada à harmonização da legislação lituana com o direito da União Europeia. O MiCA introduz um regime jurídico uniforme para todos os Estados-Membros da UE e expande significativamente a lista de requisitos obrigatórios para prestadores de serviços de cripto. Essas mudanças dizem respeito à emissão de tokens, serviços de carteira, oferta pública de ativos e atividades de exchanges de cripto. O regulamento prevê altos padrões de governança corporativa, requisitos mínimos de capital e segregação obrigatória de fundos de clientes. Na Lituânia, o período de transição está definido até 1 de junho de 2025, exigindo que as empresas se preparem para licenciamento e reestruturem seus processos internos em tempo hábil.
Assim, a Lituânia adota uma posição cautelosa, mas consistente, em relação à regulamentação de criptomoedas. O setor de ativos digitais é percebido como de alto risco, mas também como fonte de oportunidades tecnológicas. O Estado está comprometido em criar um ambiente legal estável no qual participantes de boa-fé possam operar em igualdade de condições e os interesses dos consumidores sejam protegidos de forma confiável.
Nos últimos anos, o panorama regulatório da Lituânia para criptomoedas passou por mudanças significativas. Requisitos mais rigorosos de identificação de clientes, aumento da supervisão pelo Serviço de Investigação de Crimes Financeiros e subsequente harmonização da legislação com padrões europeus fazem parte de uma transformação sistêmica. Em 2023, foram introduzidos mecanismos AML/KYC mais rigorosos, exigindo que os prestadores de serviços de cripto realizem verificações completas dos clientes e garantam a transparência dos fluxos financeiros. O FNTT recebeu poderes ampliados de supervisão e inspeção, aumentando o nível de pressão regulatória sobre os participantes do mercado.
Em 2024, entraram em vigor requisitos adicionais de licenciamento, exigindo que todas as empresas de criptomoedas existentes não apenas renovem seu registro, mas também confirmem possuir um modelo de negócio sustentável, demonstrem conformidade com requisitos de capital e comprovem a integridade de seus gestores-chave. Essas disposições funcionam como um filtro, separando players maduros de estruturas não sistêmicas.
O ápice do processo foi a implementação do Regulamento MiCA (Markets in Crypto-Assets), que se tornará obrigatório em toda a União Europeia a partir de 2025. Este ato regulatório introduz regras uniformes no campo das criptomoedas, abrangendo questões como licenciamento de prestadores, gestão de projetos de stablecoins, proteção do consumidor e prevenção de manipulação de mercado e uso de informação privilegiada. Empresas que operam na Lituânia já estão se preparando para uma reformulação abrangente de seus procedimentos, para atender às novas obrigações. Para investidores, o MiCA significa maior transparência, formalização de riscos e garantias de boa conduta por parte dos prestadores.
Ao mesmo tempo, as criptomoedas permanecem legais na Lituânia, mas são estritamente regulamentadas. Os indivíduos têm liberdade para investir, adquirir e manter ativos digitais sem a necessidade de permissões especiais. No entanto, a renda recebida está sujeita à declaração obrigatória e tributação segundo o imposto de renda pessoal. A vigilância dos reguladores significa que grandes transações estão sujeitas a monitoramento reforçado, especialmente no que diz respeito à origem dos fundos.
Podem surgir dificuldades ao interagir com instituições financeiras tradicionais. Os bancos na Lituânia adotam uma postura conservadora e frequentemente restringem transações relacionadas a exchanges de criptomoedas, bem como se recusam a abrir contas de liquidação para empresas de criptomoedas. Essas restrições, causadas por exigências de AML e riscos reputacionais, forçam muitos participantes do mercado a recorrer a parceiros financeiros estrangeiros e sistemas de pagamento alternativos.
Do ponto de vista empresarial, o uso de criptomoedas na Lituânia é possível, mas vem acompanhado de obrigações: as empresas são obrigadas a declarar a renda recebida em ativos digitais, calcular o imposto de renda, e as transações em criptomoedas são tratadas como permuta em vez de pagamento. Exchanges e prestadores de serviços de custódia devem obter licenças, implementar políticas de conformidade, realizar auditorias internas e reportar transações suspeitas ao FNTT.
O futuro da indústria cripto na Lituânia será amplamente determinado pelo equilíbrio entre regulação e inovação. O impacto do MiCA, bem como possíveis inovações fiscais destinadas a fortalecer o controle fiscal sobre ativos digitais, pode aumentar a pressão sobre os participantes. Ao mesmo tempo, os bancos centrais estão se envolvendo mais no desenho de moedas digitais. O Banco da Lituânia já conduziu um experimento com o LBCoin e participa da discussão europeia sobre o euro digital.
A introdução potencial de CBDCs poderia alterar a estrutura das soluções de pagamento, mas é improvável que substitua as criptomoedas descentralizadas. Nesse contexto de mudanças, empresas que desejam operar legalmente nos mercados de criptomoedas da Lituânia e da UE devem se adaptar antecipadamente aos novos requisitos.
A equipe da Regulated United Europe fornece suporte jurídico completo em licenciamento MiCA, planejamento tributário, controle interno, conformidade AML/CTF e engajamento estratégico com instituições financeiras. Garantiremos que seu negócio esteja pronto para a nova fase de regulamentação e minimizaremos os riscos associados à transição para um modelo de aplicação pan-europeu no setor de ativos virtuais.
MiCA na Lituânia – documentos exigidos para a candidatura
A partir de 2025, todas as empresas que prestam serviços relacionados a criptoativos na Lituânia deverão obter uma licença ou aprovação do Banco da Lituânia. Isso se deve à entrada em vigor do Regulamento da UE nº 2023/1114 (MiCAR), que muda radicalmente a forma como os prestadores de serviços de criptoativos operam no mercado europeu. A Lituânia estabeleceu um período de transição de seis meses durante o qual os prestadores devem concluir o processo de adaptação, submeter documentos e obter a autorização adequada. Segundo o regulador, existem atualmente cerca de 500 empresas operando nesse setor no país, mas apenas aquelas que planejam continuar suas atividades após 1º de junho de 2025 precisarão de licença.
As empresas sujeitas às novas regulamentações serão classificadas em dois grupos: aquelas isentas da exigência de licença e aquelas para as quais a licença é obrigatória. Exceções são previstas para certas categorias de instituições financeiras, como bancos, empresas de investimento, gestores de fundos, operadores de plataformas de infraestrutura e instituições de dinheiro eletrônico. Apesar da ausência de exigência de licenciamento, essas organizações devem apresentar uma candidatura e fornecer ao Banco da Lituânia um conjunto completo de documentação, incluindo programa de atividades, procedimentos de controle interno, procedimentos de TIC, políticas de gestão de risco, documentos AML/CTF e mecanismos de segregação de ativos de clientes.
As candidaturas desta categoria serão analisadas em 40 a 60 dias úteis. Empresas que não se enquadram nas isenções deverão passar por licenciamento completo. O candidato deve confirmar que possui endereço legal em um país da UE e garantir que pelo menos um de seus diretores resida na UE.
Uma licença não será concedida sem prova de conformidade com os requisitos mínimos de capital autorizado (entre €50.000 e €150.000, dependendo do tipo de serviços prestados), estrutura organizacional transparente, boa governança corporativa e sistemas de controle interno.
Os critérios para avaliação das candidaturas serão idênticos aos aplicados a outras instituições financeiras. Os candidatos devem ter uma equipe de gestão competente, com reputação impecável, habilidades profissionais necessárias e experiência comprovada para desempenhar funções de gestão de forma eficaz. Investidores que busquem participação superior a 25% no capital autorizado do CASP devem notificar a Comissão para Coordenação da Proteção de Instalações de Importância Nacional.
Para obter uma licença, as empresas devem submeter um conjunto extenso de documentos, incluindo estatutos, plano de negócios, previsões financeiras de três anos, procedimentos de gestão de risco, medidas de proteção de ativos de clientes, políticas de reclamações e contabilidade, e especificações técnicas para sua infraestrutura de TI. Todas as informações submetidas são revisadas minuciosamente em 65 dias úteis. Se necessário, o Banco da Lituânia pode solicitar esclarecimentos ou documentos adicionais e suspender o período de análise até que sejam fornecidos.
As razões para recusa de licença podem incluir falta de controle e gestão eficazes, estrutura de propriedade opaca, mecanismos fracos de prevenção à lavagem de dinheiro, baixa capitalização e reputação negativa de acionistas ou gestores, incluindo condenações criminais ou falta de qualificações. Qualquer um desses fatores pode ser considerado uma ameaça à estabilidade financeira da empresa e motivo para recusa.
Dada a escala da reforma e a complexidade do procedimento, todos os CASPs existentes e potenciais na Lituânia são fortemente aconselhados a iniciar os preparativos agora. É necessário realizar uma auditoria preliminar da estrutura empresarial, verificar a conformidade das pessoas-chave com os requisitos, avaliar a prontidão dos sistemas de TI, desenvolver políticas internas e reservar capital suficiente. Levando em conta a prática padrão do regulador, que prevê solicitações e esclarecimentos adicionais, é recomendável permitir pelo menos seis meses para o processo de licenciamento.
Já está claro que os prestadores de serviços de criptoativos terão de submeter o seguinte à autoridade competente juntamente com sua candidatura para licença:
a) um programa de operações detalhando os tipos de serviços de criptoativos que o prestador pretende oferecer, incluindo informações sobre onde e como esses serviços serão oferecidos no mercado;
b) comprovação de que o prestador de serviços de criptoativos cumpre as medidas prudenciais de segurança especificadas no Regulamento MiCA;
c) descrição da estrutura organizacional e das medidas de controle interno do prestador de serviços de criptoativos;
d) comprovação de que os membros do órgão de gestão do prestador de serviços de criptoativos possuem reputação adequada e conhecimento, habilidades e experiência necessários para gerir o prestador;
e) informações sobre a identidade e tamanho das participações acionárias, diretas ou indiretas, que detenham participação qualificada no prestador de serviços de criptoativos, bem como comprovação de que essas pessoas possuem boa reputação;
f) descrição dos mecanismos de controle interno, estratégias e procedimentos do prestador para identificar, avaliar e gerir riscos, incluindo riscos de lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo;
g) plano de continuidade de negócios;
h) documentação técnica dos sistemas de TI e medidas de segurança, com descrição em linguagem não técnica;
i) descrição do procedimento para segregação de criptoativos e fundos de clientes;
j) descrição do procedimento de tratamento de reclamações do prestador de serviços de criptoativos;
q) informações sobre os tipos de criptoativos a que o serviço se relacionará.
Informações adicionais exigidas para obter licença operacional conforme MiCA
Dependendo do tipo de serviços de criptoativos prestados, as seguintes informações adicionais serão solicitadas:
a) se o prestador pretende oferecer custódia e administração de criptoativos em nome de clientes — descrição da política de custódia e administração;
b) se o prestador pretende administrar uma plataforma de negociação de criptoativos — descrição das regras de administração da plataforma, bem como do procedimento e sistema para detecção de abuso de mercado;
c) se o prestador pretende trocar criptoativos por dinheiro ou outros criptoativos — descrição da política de negociação não discriminatória com clientes, bem como da metodologia de determinação de preços dos criptoativos que o prestador oferece em troca de dinheiro ou outros criptoativos;
d) se o prestador pretende executar ordens relacionadas a criptoativos em nome de terceiros — descrição da política de execução;
e) se o prestador pretende fornecer serviços de consultoria ou gestão de portfólio de criptoativos, comprovação de que os indivíduos que fornecem recomendações ou gerenciam portfólios possuem conhecimento e experiência necessários;
f) se o prestador pretende fornecer serviços de transferência de criptoativos em nome de clientes, informações sobre como esses serviços serão prestados.
A equipe da Regulated United Europe fornece suporte profissional às empresas sujeitas a licenciamento conforme MiCAR. Oferecemos suporte jurídico completo, incluindo análise estratégica da estrutura da empresa, preparação do conjunto completo de documentos, suporte nas interações com o Banco da Lituânia e minimização de riscos em todas as etapas da obtenção de licença. Comece os preparativos agora, e sua empresa estará pronta para as novas regras sem perder tempo nem posição competitiva no mercado europeu de serviços de criptoativos.
O Seimas da Lituânia decidirá sobre a extensão da validade das licenças de empresas de criptomoedas até o final de 2025
A Lituânia continua a revisar sua abordagem para a concessão de licenças a empresas que prestam serviços relacionados a criptoativos. O Seimas está considerando alterações na Lei sobre Mercados de Criptoativos, que estenderiam o período de transição até o final de 2025. Atualmente, os regulamentos estabelecem o prazo para envio de pedidos de licença como 1º de junho de 2025. A iniciativa de prorrogar o prazo foi apoiada por 69 deputados, com duas abstenções e nenhum voto contra a medida proposta. A consideração final das alterações está prevista para 29 de abril.
A iniciativa foi apresentada por Algirdas Sisas, presidente do Comitê de Orçamento e Finanças. Ele enfatizou que a Lituânia inicialmente escolheu o período mínimo permitido pelo MiCA para obtenção de licenças – seis meses – enquanto outros Estados-Membros da UE utilizaram as opções previstas no Regulamento para estender o período de transição para um ano ou até 18 meses. Segundo Sisas, a extensão dará aos participantes do mercado tempo adicional para cumprir os novos requisitos e enviar documentos, além de permitir que as autoridades de supervisão avaliem os pedidos recebidos de forma detalhada.
O Banco da Lituânia confirmou que 23 empresas solicitaram licenças até o momento, 14 das quais estão atualmente em análise. Nenhuma licença foi emitida até agora. Essa situação se deve à necessidade de uma avaliação jurídica e operacional minuciosa dos candidatos, especialmente à luz dos requisitos do Regulamento Europeu sobre mercados de criptoativos, que entrou em vigor na UE em 30 de dezembro de 2024.
As alterações propostas foram formuladas após consultas entre um comitê parlamentar, representantes do Banco da Lituânia e participantes do setor de criptomoedas. Agnė Kazlauskienė, chefe do departamento de licenciamento do Banco da Lituânia, afirmou que os pedidos têm sido enviados desde o final de 2024, com 22 solicitações apresentadas até agora, representando mais de 20% do número de empresas efetivamente operando no mercado lituano. Embora haja formalmente cerca de 400 pessoas jurídicas registradas como prestadoras de serviços relacionados a criptomoedas, o Banco da Lituânia estima que não mais de 120 estão realmente em atividade.
O governador do Banco da Lituânia, Gediminas Šimkus, enfatizou que nenhuma licença foi emitida até agora, pois todos os documentos submetidos exigem análise detalhada. Nesse sentido, o Banco da Lituânia apoiou a iniciativa de estender o período de transição, garantindo melhor supervisão e evitando pressão administrativa desnecessária sobre o setor.
Se as alterações forem aprovadas, a partir de 1º de janeiro de 2026, as empresas que não obtiverem uma licença conforme estabelecido perderão o direito de prestar serviços. Dessa forma, a Lituânia permanece comprometida com o quadro regulatório paneuropeu, demonstrando flexibilidade e capacidade de adaptação à dinâmica real do mercado e às capacidades operacionais tanto das empresas de criptomoedas quanto do regulador.
A equipe da Regulated United Europe está pronta para fornecer suporte completo no processo de licenciamento MiCA na Lituânia. Oferecemos suporte jurídico e operacional para empresas que planejam continuar operando legalmente na UE, incluindo preparação de documentos, comunicação com o regulador e implementação de procedimentos internos adequados de acordo com os padrões europeus.
No contexto do interesse ativo de investidores internacionais no mercado de serviços de criptomoedas da Lituânia e visando garantir a implementação adequada das disposições do Regulamento da UE 2023/1114 sobre mercados de criptoativos (MiCA), o Comitê de Orçamento e Finanças do Seimas realizou uma discussão aberta com entidades governamentais e do mercado. Participaram representantes do Ministério das Finanças, do Banco da Lituânia, do Serviço de Investigação de Crimes Financeiros (FNTT), bem como delegados de associações profissionais e participantes do setor de criptomoedas.
O foco foi a questão do período de transição limitado. De acordo com o MiCA, todos os prestadores de serviços que trabalham com criptoativos devem obter uma licença do Banco da Lituânia até 1º de junho de 2025, no máximo. Até essa data, os candidatos devem enviar todos os documentos exigidos pelo regulamento europeu. Segundo o próprio Banco da Lituânia, há atualmente mais de 400 empresas registradas no país que atuam formalmente no setor de criptomoedas, das quais cerca de 120 estão realmente em atividade. Apesar disso, apenas 22 organizações solicitaram uma licença, enquanto a maioria ainda está se preparando.
Conforme declarado na reunião do comitê, o período de cinco meses destinado ao licenciamento a partir da data de entrada em vigor da lei é excessivamente curto e não corresponde à prática de outros países da UE, onde o período de transição varia de 6 a 18 meses. Prazos tão apertados poderiam representar riscos à estabilidade do setor: suspensão da atividade de investimento, saída de pessoal e possível relocação de empresas para jurisdições com políticas regulatórias mais favoráveis.
Participantes do setor de negócios na discussão observaram que o setor de criptomoedas já traz retornos econômicos significativos para o Estado. No período de 2023 a 2024, apenas as receitas fiscais totais de empresas que operam nesse segmento atingiram aproximadamente €90 milhões. Os cinco maiores players do mercado responderam por mais de um terço desse valor. Representantes da indústria enfatizaram que o desenvolvimento adicional só é possível com estabilidade jurídica em conformidade com padrões internacionais e previsibilidade por parte das autoridades regulatórias.
Algirdas Sisas, presidente do Comitê de Orçamento e Finanças, confirmou que a regulamentação é necessária, mas também destacou a importância de medidas administrativas proporcionais e flexibilidade no processo de transição. Ele enfatizou que um ambiente regulatório transparente em conformidade com os padrões da UE ajudaria a construir confiança tanto entre investidores quanto entre os próprios participantes do mercado.
Uma posição semelhante foi expressa pelo presidente da Crypto Economy Organisation, Mykolas Majauskas. Ele observou que o licenciamento sob o MiCA é uma etapa inevitável no desenvolvimento da indústria, garantindo igualdade de condições a nível da UE e aumentando a confiabilidade geral da infraestrutura. No entanto, ele afirmou que a transição deve ser estruturada de forma a evitar choques repentinos, manter a viabilidade das empresas existentes e assegurar vantagens competitivas para a Lituânia como potencial líder na regulamentação da indústria de criptomoedas.
Como resultado da discussão, decidiu-se que o Comitê de Orçamento e Finanças registrará as alterações relevantes na legislação vigente, estendendo o período de transição até o final de 2025. Essa medida permitirá que tanto os participantes do mercado quanto o regulador, o Banco da Lituânia, se preparem totalmente para a implementação do novo regime e assegurem a avaliação adequada dos pedidos.
A introdução do MiCA abre uma oportunidade para a Lituânia se estabelecer entre as principais jurisdições europeias no campo de ativos digitais. No entanto, isso requer uma abordagem equilibrada que combine segurança jurídica, proteção do consumidor e apoio ao desenvolvimento sustentável de empresas de tecnologia.
A equipe da Regulated United Europe apoia as empresas de criptomoedas em todas as fases de interação com os reguladores: desde análise jurídica e preparação de documentação até licenciamento estratégico de acordo com o MiCA. Garantiremos não apenas a conformidade legal, mas também a integração eficaz do seu negócio no novo ambiente regulatório da UE.
EQUIPE DE SUPORTE AO CLIENTE RUE

“Olá, se você deseja iniciar seu projeto ou ainda tem alguma dúvida, pode definitivamente entrar em contato comigo para obter assistência abrangente. Entre em contato comigo e vamos iniciar seu empreendimento.”
“Olá, sou Sheyla e estou pronta para ajudar em seus empreendimentos comerciais na Europa e em outros lugares. Seja nos mercados internacionais ou explorando oportunidades no exterior, ofereço orientação e suporte. Sinta-se livre para me contatar!"


“Olá, meu nome é Diana e sou especialista em atender clientes em diversas dúvidas. Entre em contato comigo e poderei fornecer suporte eficiente em sua solicitação.”
“Olá, meu nome é Polina. Terei todo o prazer em fornecer-lhe as informações necessárias para lançar o seu projeto na jurisdição escolhida – contacte-me para mais informações!”

CONTATE-NOS
No momento, os principais serviços da nossa empresa são soluções jurídicas e de compliance para projetos FinTech. Nossos escritórios estão localizados em Vilnius, Praga e Varsóvia. A equipe jurídica pode auxiliar na análise jurídica, estruturação de projetos e regulamentação legal.
Número de registro: 08620563
Ano: 21.10.2019
Phone: +420 777 256 626
Email: [email protected]
Endereço: Na Perštýně 342/1, Staré Město, 110 00 Praga
Número de registro: 304377400
Ano: 30.08.2016
Phone: +370 6949 5456
Email: [email protected]
Endereço: Lvovo g. 25 – 702, 7º andar, Vilnius,
09320, Lituânia
Sp. z o.o
Número de registro: 38421992700000
Ano: 28.08.2019
Email: [email protected]
Endereço: Twarda 18, 15º andar, Varsóvia, 00-824, Polônia
Europe OÜ
Número de registro: 14153440
Ano: 16.11.2016
Phone: +372 56 966 260
Email: [email protected]
Endereço: Laeva 2, Tallinn, 10111, Estônia